Um Puro Sangue Genial

“Vai devagar, para ir rápido.”

Sempre me falaram que é fundamental você ter um mentor. Mas ninguém me disse que seria quase uma missão impossível. Eu cheguei a essa triste conclusão depois de muitas tentativas fracassadas nesta toada.

Existia sempre a esperança de esbarrar em um Jorge Paulo Lemann ou Guilherme Benchimol, ouvir os seus conselhos e mudar a minha vida. Eu lia biografias do Steve Jobs (no modo “repeat”) para tê-lo como mentor todos os dias. Dentro da odontologia eu muitas vezes me identificava com um nome e ficava obcecado em saber absolutamente tudo sobre aquela figura. Quanto mais eu me aproximava daquele ícone, mais eu me decepcionava. Acho que isso é comum acontecer com todos os seus ídolos.

A regra agora é clara: não se aproxime demais de quem você admira porque a sequela será a decepção. Como se você sonhasse em ir para a Disney e quanto mais você se aproxima da entrada dos parques mais você constata que não existe magia nenhuma ali. Triste, eu sei. Mas escrevo por ter vivido.

Depois de quatorze anos praticando todos os dias a arte de encontrar um mentor. Uma figura de transição. Alguém que me inspire. Eu acredito que encontrei um exemplar nato.

Eu fui devagar para ir rápido. Porque eventos não usuais na vida não acontecem do dia para a noite. Se assemelham a cisnes negros, eventos imprevisíveis, raros e de alto impacto (como descordaria o filósofo Nassim Taleb). Eles vão maturando dentro de barricas de madeira francesa e como vinhos excelentes de guarda, tem o momento certo para serem experimentados. E você precisa saber esperar (no meu caso mais de uma década).

Torna-se um batalha um tanto sadomasoquista, porque a sensação é de perda todos os dias. A cada minuto perdendo um pouco e quando chegada a hora (na virada na maré) um soco no fígado arrebenta a parede do abdômen.

A minha Fonte de Pieria começou com as palavras abaixo:

“Muitas vezes eu vejo os alunos batendo palmas para os professores. Eu acredito que na verdade os professores deveriam aplaudir os seus alunos.”

Mãos se encontrando e sons de palmas solitárias ecoando no ar. Alunos incrédulos não sabendo o que fazer. Eu escondendo as possíveis lágrimas e reforçando os aplausos mirrados. Uma alegria brotava no peito naquele momento. Eu parecia ser o único a perceber que algo mágico tinha acontecido dentro daquele enorme auditório em um hotel bacana na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil.

Imagine um professor de odontologia que passaria tranquilamente a imagem de um engenheiro que vive no Vale do Silício e trabalha com programação de softwares em uma grande empresa como o Google. Ele se veste como um roqueiro. Jeans surrado, camisa branca amassada, óculos assimétrico repousando a frente dos olhos inquietos. Ele exibe um conhecimento específico brutal sobre tecnologia CAD/CAM e que em breve não será mais chamada assim. Tecnologia que resolve todos os conflitos existentes, já não dever ser chamada de tecnologia, logo sua nomenclatura muda.

Conhecimento específico é algo difícil ou impossível de ser aprendido em uma faculdade ou curso. Você deve solidificar vocação, intelecto e vontade inerente de aprender. Desta mistura soluções são criadas. Algo que a sociedade deseja, valoriza e não sabe como utilizar. Mas você possui esse conhecimento específico. Você pode ajudar.

Esse professor carioca respira isso. Entre um cigarro e outro, ele vomita impropérios absolutamente geniais. Torna-se quase obrigatório aquele sentimento de admiração surgir porque o domínio e a capacidade de ensinar a matéria é evidente. Toda a situação fica injusta quando você percebe rapidamente que o seu ego quase inexistente é inversamente proporcional a sua humildade.

Eu diria que ele é um Steve Wozniak (engenheiro e fundador da Apple com Steve Jobs) fusionado à um Eddie Vedder (vocalista da banda Pearl Jam). Uma figura inquieta que busca simplificar os seus pensamentos complexos para cada aluno entender e não se rende enquanto não percebe que foi compreendido por completo. Graças a Deus eu estava atento e focado durante as aulas (mesmo em um auditório escuro com ar condicionado na Cidade Maravilhosa) porque era muito frequente eu ouvir “Entendeu, Fábio?”. Subitamente notava que ele estava na frente da minha mesa, investigando se eu falava a verdade ou não.

Se você chegou a esse ponto da leitura, certamente uma dúvida pareia a sua cabeça: “Mas quem é esse professor, Fábio?”.

O seu nome é Sérgio Meiga.

Seguem alguns conselhos:

  1. Se você não conhece o Sérgio e gosta de tecnologia atrelada a odontologia restauradora adesiva com foco em estética, não perca tempo e conheça melhor o seu trabalho.
  2. Se você conhece o Sérgio não preciso falar mais nada. Certo?

O genial surge em pequenos frascos.

Ao final da entrega dos certificados após quatro dias de curso ele se despedia, já se esquecendo de tirar pelo menos uma foto com todos os alunos. Um material que poderia ser veiculado nas mídias sociais para projeção e glória entre os seus pares. Tiramos uma foto desengonçada que cortava alguns alunos da imagem e nitidamente aquilo não era importante para o Sérgio. O essencial era ter passado o seu conhecimento específico para cada um dos alunos e ter a certeza que todos aprenderam. Essa era a sua missão: ser professor. “Entendeu, Fábio?”

Faceta em apenas um Incisivo Escurecido

O que você (não) vê neste dente?

O meu objetivo neste artigo é que você desenvolva a sua habilidade de enxergar a Odontologia que há muitos anos você reluta em não ver.

A Odontologia que muda o seu jogo no consultório e você tem evitado aprender.

A Odontologia que é simples mas você diz ser complicada só para não “complicar” a sua vida.

Eu literalmente quero te dar um tapa na cara samurai, um soco na boca do estômago ou um grito potente no pé do ouvido dizendo: “Acorda”!

Tanto faz se isso soa rude, grosseiro ou não didático (eu realmente não me importo).

Se você sentir um incômodo que te leve a refletir, tomar uma decisão e agir, certamente a minha madrugada terá valido cada gole de café.

Agora eu te pergunto: “O que você vê na imagem abaixo”?

Resposta típica:

"Apenas mais um preparo unitário para faceta de porcelana do incisivo central superior direito, creio que você desgastou demais a estrutura dental e também esqueceu o fio de afastamento no sulco gengival, pois eu o vejo claramente na foto. Você vai reduzir a borda incisal?"

Bom, vamos em frente!

Agora eu irei detalhar como eu procedi com esta paciente, qual a minha visão e abordagem durante toda a consulta.

1. Protocolo Periodontal Ninja: um condicionamento prévio para alcançar esta condição gengival estável em uma consulta de preparos dentários.

2. Duas horas de consulta para anestesiar, preparar, escanear, moldar, tomar a cor, fotografar e instalar provisório em apenas um incisivo central.

3. Substrato Escurecido: maior demanda de redução para controle de cor, no entanto, maior potencial de exposição dentinária.

4. Selamento Imediato de Dentina: procedimento que protege com uma camada consistente de adesivo e resina a dentina exposta durante as reduções. O seu paciente não irá relatar dor e isso quer dizer que o seu telefone não tocará em um domingo as 16:00hs da tarde.

5. Términos subgengivais com manutenção da estabilidade gengival: utilizar algum tipo de magnificação como lupas ou microscópios permite que você VEJA onde está o término, a ponta diamantada e a margem gengival.

6. Manter a integridade do periodonto permite uma moldagem fantástica (um fator diferencial é a utilização de contra-ângulos multiplicadores 1:5 e motores elétricos com maior torque, produção e precisão).

7. Comunicação com o seu Laboratório: duas fotografias iguais com contraste e luminosidade diferentes podem ajudar muito. Fotografias sem luz do flash excessiva contra uma escala de cor são essenciais.

8. Lembre-se! Quem define a cor e características da futura restauração adesiva de porcelana é o dentista: NUNCA peça para o TPD ou Ceramista observar a sua foto e escolher a cor certa, esta é a sua tarefa porque você conhece a boca do seu paciente.

Muito bem, acredito que você tenha mais dúvidas que respostas sólidas neste exato momento.

Não se preocupe porque o propósito é exatamente este mesmo: deixar você desconfortável como um sapato de couro lindo mas novo (ligeiramente apertado).

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Fábio Hirata

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Olhos errados para a Odontologia certa.

Como evitar doze anos de desculpas e conseguir fazer a sua Melhor Odontologia lendo 5 minutos do texto abaixo.

Eu uso os mesmos olhos desde o momento que os abri pela primeira vez.

Durante boa parte da minha infância eu pude confiar 100% nestes olhos para jogar tênis com os meus amigos, desenhar com giz pastel oleoso sobre papel Canson, ler partituras enquanto aprendia a tocar algum novo instrumento no canto da sala de estar dos meus pais.

No entanto, em algum momento dos meus incríveis doze anos de idade, eu comecei a usar óculos e a minha visão do mundo ao meu redor mudou pela primeira vez.

Foi incrível…

Eu uso os mesmos olhos desde o momento que os abri pela primeira vez.

Quando tinha apenas uma ano de formado em Odontologia (sem nenhum paciente agendado para os próximos 365 dias) eu conheci a fotografia.

Com meros dezenove anos, eu vestia um jaleco branco de dia e apoiava um tripé Manfrotto nos ombros de madrugada.

Graças a um querido amigo de infância chamado Mário Águas, aprendi a fotografia verdadeira, autoral e sanguínea.

Eu amo Nikons, ele é devoto das Canon e ainda somos grandes amigos.

Me recordo do frio cortante de uma madrugada intensa sobre o heliponto de um prédio decadente no centro de São Paulo.

Eu era o assistente do assistente e trabalhávamos para o agitado fotógrafo Sacha Tassilo Hoechstetter.

Trocas de lentes, criar a cena, conduzir as modelos, desenvolver uma luz perfeita, brincar com a velocidade de obturação, liderar uma equipe às duas da manhã e ainda ser terrivelmente criativo…um trabalho para poucos e bons.

Através de uma lente 105mm a minha visão de mundo mudou pela segunda vez e eu nunca mais iria fotografar como estava escrito nos livros, nunca…

Eu uso os mesmos olhos desde o momento que os abri pela primeira vez.

Quando fiquei um pouco mais experiente fazendo Odontologia Restauradora Adesiva me apresentaram a palavra Magnificação e eu achei tudo aquilo uma grande e cara bobagem, uma perda de tempo.

No entanto, após ver aulas inesquecíveis de professores como José Roberto Moura e Isabel Tumenas, os resultados efetivos que apresentavam e a consistência de seus trabalhos resolvi adotar a magnificação em minha vida.

Comprei a minha primeira lupa 3.0x de aumento.

Desenvolvi os meus protocolos de trabalho, a ergonomia correta e ficava cada vez mais rápido, preciso e seguro na arena clínica.

Pela terceira vez a minha visão de mundo muda drasticamente.

Um ano depois eu sou apresentado aos LEDs que iluminavam a boca dos pacientes como um farol de BMW, ficavam aclopados às lupas e novamente eu achei tudo aquilo uma perda de tempo e dinheiro.

Porque mudar um time que está definitivamente ganhando, satisfeito e feliz?

Bom...não preciso dizer que investi na luz LED e segui mudando a minha visão de mundo e a Odontologia que entregava para os meus pacientes.

No entanto, nesta evolução eu obviamente comprei um microscópio mas não consegui me adaptar a ele.

Procrastinei durante anos tentando dar as melhores desculpas do porque o microscópio era utilizado apenas pelo Endodontista do consultório e nunca por mim.

Anos e mais anos não evoluindo e castigando com uma inércia medíocre a Odontologia Restauradora que eu tanto aprecio e amo.

Porém, nesta última sexta-feira eu disse CHEGA para estas desculpas de que para mim não funciona ou eu sou uma pessoa ( vulgo dentista ) "especial" .

Preparei o meu paciente, aproximei meus olhos das binoculares e uma nova Odontologia voltou a iluminar os meus olhos.

BOOM!

A mentalidade da prosperidade tinha voltado a minha vida, SIM!

Eu uso os mesmos olhos desde o momento que os abri pela primeira vez.

Você não precisa de uma lupa.

Você não precisa de uma luz LED.

Você não precisa de um microscópio.

Você apenas precisa estimular os seus olhos a enxergarem o mundo ao seu redor como ele pode ser (Leia o post Um Dentista com as Mãos Cheias de Graxa)

As receitas para ser um clínico fantástico, um profissional admirado e querido por seus pacientes passam todos os dias na frente das suas pupilas.

Todos os dias...e você não enxerga absolutamente NADA!

Mas enquanto você mantiver a sua mentalidade fechada, intolerante e intocável; a Odontologia permanecerá uma grande frustração para você.

Crie agora uma MENTALIDADE ABERTA, VENCEDORA E PRÓSPERA para você.

Chega de punir a Boa Odontologia que está esperando há anos você mudar.

Chega de ser vítima.

Chega de desculpas idiotas, mesquinhas e egoístas.

Levanta a cabeça, prove novos óculos e seja Feliz.

Um grande abraço e nos vemos em breve!

Fábio Hirata

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